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Pedrógão Grande: mesmo com mais meios, resultado final teria sido o mesmo, diz antiga MAI

Constança Urbano de Sousa falou esta terça-feira em tribunal.

A antiga ministra da Administração Interna defendeu esta terça-feira em tribunal que era impossível combater o incêndio de Pedrógão Grande. Constança Urbano de Sousa entende que, mesmo com mais meios disponíveis, o resultado final teria sido o mesmo.

Constança Urbano de Sousa saiu do Governo após a tragédia dos incêndios em Pedrógão Grande. Cinco anos depois, marca presença no tribunal para afirmar que ter tido, na altura, mais meios de combate, seria indiferente para o desfecho da situação.

A antiga ministra da Administração Interna defendeu que, por questões legais, não anteciparam a ‘fase Charlie’ – a mais crítica dos incêndios, entre 1 de julho e 30 de setembro -, que traria o reforço de meios. Mas mesmo assim, entendeu que não teriam a “capacidade mágica” de antecipar o local do início do incêndio para aí colocar os meios de reforço.

Constança de Sousa admitiu não saber que em Figueiró dos Vinhos, perto do local dos incêndios, havia um heliporto, mas que, se a ‘fase Charlie’ tivesse sido antecipada, teria um helicóptero pronto para ajudar no combate.

Ouvida como testemunha, a antiga ministra também alegou não saber que, meses antes, o comandante da Proteção Civil terá pedido um reforço de equipa naquele ano.

Relativamente às questões de meios no terreno, Constança de Sousa aproveitou ainda a ocasião para atirar responsabilidades para o secretário de Estado.

O julgamento do incêndio de Pedrógão Grande tem 11 arguidos e, sobre as responsabilidades do que terá falhado no combate, responde apenas o comandante da corporação de bombeiros da vila.

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