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AR aprova votos de pesar pela morte de Rocha Andrade, Jorge Silva Melo e Fábio Guerra

Os diferentes votos de pesar foram quase todos aprovados por unanimidade, à exceção do texto apresentado pelo Chega sobre a morte do agente da PSP Fábio Guerra.

O Parlamento aprovou esta quarta-feira um conjunto de votos de pesar pela morte de nove personalidades, entre as quais o antigo secretário de Estado Fernando Rocha Andrade, o encenador Jorge Silva Melo e o agente da PSP Fábio Guerra.

No período de votações da sessão plenária da Assembleia da República, os diferentes votos de pesar foram quase todos aprovados por unanimidade, à exceção do texto apresentado pelo Chega sobre a morte do agente da PSP Fábio Guerra, no qual o PCP se absteve e os restantes partidos votaram todos a favor.

No final da leitura e votação de todos os textos, com a presença de familiares de muitas destas personalidades nas galerias do hemiciclo, foi feito um minuto de silêncio.

O voto de pesar pela morte do antigo secretário de Estado, dirigente socialista e professor universitário Fernando Rocha Andrade, que morreu aos 51 anos, a 28 de fevereiro, foi apresentado pelo PS, tendo estado presente no hemiciclo, em representação do Governo, a ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Democrata convicto, Fernando Rocha Andrade, amava, acima de tudo, a Liberdade e o pluralismo. Era a antítese da intolerância. Não terá sido decerto por acaso que, aquando da sua morte, tantas personalidades, dos mais diversos quadrantes políticos, tenham enaltecido as suas qualidades e lamentado tão pesarosamente a sua perda”, enaltece o texto aprovado, considerado que o antigo dirigente socialista “tinha raras qualidades de caráter”, tendo Portugal, a universidade e o PS perdido “um cidadão de excecional envergadura”.

Já a morte do agente Fábio Guerra, com 26 anos, a 21 de março, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo, foi traduzida em dois votos de pesar aprovados, um apresentado pelo Chega e outro pelo PS.

O texto proposto pelo PS enaltece a coragem, dedicação e sentido de missão de ajuda ao próximo que “ficarão sempre na memória e na gratidão dos portugueses”, enquanto o do Chega refere é com profundo pesar que se chora “a morte de um jovem, nesta situação de violência extrema e injustificada, quando tentava, como jurou, zelar pela segurança dos seus concidadãos”.

Também o PS apresentou um voto de pesar pela morte do encenador, dramaturgo e cineasta Jorge Silva Melo, “figura proeminente da cultura portuguesa, que marcou de forma perene o teatro e o cinema”.

A PS e a IL apresentaram um voto de pesar conjunto pela morte do ator António Reis, cofundador da Seiva Trupe e do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).

O falecimento do cineasta Lauro António, dos antigos deputados do PSD João Lobo, Américo Sequeira e Amélia Azevedo e do presidente da Associação Académica de Coimbra, Cesário Silva, também motivaram a aprovação de votos de pesar na Assembleia da República.

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