O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, vai continuar detido e volta a tribunal, na África do Sul, a 21 de janeiro, informou esta segunda-feira o juiz, que adiou a audiência marcada para hoje.
O prazo para Portugal formalizar o pedido de extradição de Rendeiro foi prorrogado para o máximo de 40 dias. A data limite para submeter toda a documentação conforme estipulado na Convenção Europeia de Extradição termina a 20 de janeiro.
Às autoridades sul-africanas, Portugal terá garantido que toda a documentação será entregue ainda esta semana.
Entretanto, foi emitido um 4.º mandado de detenção contra João Rendeiro.
O ex-banqueiro está detido no estabelecimento prisional de Westville, província de KwaZulu-Natal, há 27 dias.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
Caso BPP
Sobre o antigo presidente do BPP recaem três mandados de detenção internacional, sendo que a Procuradoria-Geral da República está a trabalhar na formalização do pedido de extradição.
O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.
Das três condenações, uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.