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Francisco Pinto Balsemão: "Partidos que adormecem não duram muito tempo"

Militante número 1 do PSD esteve presente na tomada de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa.

ANTÓNIO COTRIM

Lusa

O antigo presidente social-democrata Francisco Pinto Balsemão considerou esta segunda-feira bom que o PSD esteja "sempre em mutação" e nunca sossegado porque "partidos que adormecem não duram muito tempo".

À chegada para a tomada de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa, o militante número 1 do PSD foi questionado sobre a situação interna no partido, num momento em que o eurodeputado Paulo Rangel já apresentou candidatura à liderança e Rui Rio ainda não anunciou se é ou não recandidato.

"O partido está sempre em mutação, não está sossegado, mas isso também é bom. Partidos que adormecem não duram muito tempo", afirmou.

O antigo primeiro-ministro considerou ainda que Moedas será "um grande presidente da câmara", tendo-se deslocado à cerimónia de tomada de posse porque o novo presidente da Câmara de Lisboa "é um bom amigo" e queria dar-lhe "um abraço e desejar-lhe felicidades".

Para Pinto Balsemão, Carlos Moedas "tem boas ideias, assim o deixem fazer".

À chegada para a mesma cerimónia, o presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que a decisão sobre a sua eventual recandidatura está "quase tomada" e em breve será anunciada, reiterando estar muito preocupado por o país poder ir para eleições antecipadas com o partido em disputa interna.

Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre se já tomou uma decisão se será ou não recandidato nas eleições diretas no PSD marcadas para 4 de dezembro.

"Está quase a ser tomada na minha cabeça e a seguir comunicada. Obviamente que me preocupa muita esta situação que foi criada que é podermos ter um país em eleições antecipadas, que é mau, se o PSD estiver numa disputada - sem presidente eleito e com congresso lá para janeiro - isto é uma coisa terrível", respondeu.

Na quinta-feira, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor, e agendou diretas para 04 de dezembro e congresso para entre 14 e 16 de janeiro.

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