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Ativistas exigiram em Santo Tirso justiça no caso dos animais mortos no incêndio de 2020

Em 18 de julho de 2020, 73 animais morreram nos abrigos ilegais "Cantinho das Quatro Aptas" e "Abrigo de Paredes".

Lusa

Cerca de 60 pessoas marcharam este sábado entre o Tribunal de Santo Tirso e a Câmara Municipal em protesto pela "lentidão" com que decorre o processo-crime resultante da morte de mais de 70 animais, em julho de 2020, num incêndio.

Convocada por um grupo de ativistas pelos direitos dos animais, a manifestação visou alertar para o facto de, "passado um ano, as donas dos dois abrigos ilegais na serra da Agrela onde morreram os cães e gatos ainda não terem sido constituídas arguidas", referiu à Lusa Dulce Moreira, uma das dinamizadoras da marcha.

Recorde os detalhes do caso

Em 18 de julho de 2020, 73 animais (69 cães e quatro gatos) morreram nos abrigos ilegais "Cantinho das Quatro Aptas" e "Abrigo de Paredes", vítimas do incêndio que tinha começado na véspera no concelho de Valongo.

Do sucedido resultaram várias queixas em tribunal, mais tarde concentradas num processo-crime a correr termos no Tribunal de Santo Tirso, distrito do Porto.

Invocando a lei que penaliza maus-tratos a animais e que prevê "dois anos de prisão" para quem o fizer, Dulce Moreira insistiu em que "seja feita justiça" e lamentou a "lentidão" do processo.

"As senhoras dos dois abrigos ficaram conhecidas pelo incêndio que matou todos aqueles animais, mas não é só isso, verificaram-se anos de maus-tratos a animais na serra da Agrela e ambas terão de ser impedidas de poder voltar a ficar com animais", reivindicou a ativista.

Dulce Moreira acrescentou, sobre os animais que sobreviveram ao incêndio, que "muitos deles ficaram extremamente traumatizados" e que, devido a isso, nenhuma das donas "tem competência para continuar a lidar com animais".

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