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Incêndio em canis de Santo Tirso. Advogado surpreso por ninguém ter sido ouvido em tribunal

Há um ano, o incêndio que atingiu a Serra da Agrela matou mais de 70 animais.

SIC Notícias

Um ano depois do incêndio que matou mais de 70 cães e gatos em dois abrigos ilegais, na Serra da Agrela, ainda não foram apuradas responsabilidades. O processo encontra-se parado no tribunal de Santo Tirso. Por enquanto, não há arguidos nem foram ouvidas testemunhas.

Foi a 18 de julho de 2020 que arderam o "Cantinho das Quatro Patas" e "O Abrigo da Paredes" na Serra da Agrela, dois abrigos ilegais para animais. Segundo a Câmara de Santo Tirso, morreram 69 cães e 4 gatos.

Na altura, o advogado Pedro Ribeiro de Castro reuniu várias queixas-crime que resultaram num único processo que deu entrada no tribunal. Em declarações à Agência Lusa, o advogado mostra-se surpreso por ver que, um ano depois, ninguém tenha sido ouvido.

Diz que são 25 as testemunhas neste processo, onde consta também um CD com fotografias e vídeos, assim como as autópsias feitas aos 73 animais que perderam a vida nos incêndios. Pedro Ribeiro de Castro coloca a hipótese de ter havido um equívoco no Ministério Público.

Também o Bastonário da Ordem dos Veterinários manifestou o descontentamento por esta situação ter caído no esquecimento. Jorge Cid aponta responsabilidades ao Governo e acusa o Ministério da Agricultura de nem sequer responder à proposta de fazer o levantamento nacional de todos os animais abandonados, que foi apresentada em dezembro de 2020.

Para o Bastonário da Ordem dos Veterinários, só assim será possível resolver o problema doa animais abandonados e evitar futuras tragédias.

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