A Câmara de Lisboa admite que enviou os dados dos três organizadores da manifestação em solidariedade com o ativista russo Alexey Navalny, mas garante que apenas cumpriu o que está previsto na lei e rejeita qualquer cumplicidade com o regime russo.
"É um erro a todos os títulos lamentável"
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, reconhece e pede desculpa pelo erro que considera ser "lamentável a todos os títulos".
Em comunicado enviado esta manhã às redações, a autarquia adianta que enviou os dados dos três organizadores do protesto para a PSP e para o local onde iria realizar-se a manifestação, neste caso a embaixada da Rússia. Esclarece que este é o procedimento geral que é adotado em qualquer manifestação.
A autarquia confirma que recebeu uma reclamação ao abrigo do regulamento geral sobre a proteção de dados. Depois de analisado o caso, os dados pessoais foram eliminados.
Diz a Câmara que depois deste caso, a 18 de abril, foram alterados os procedimentos internos e nas manifestações seguintes já não foram partilhados os dados dos promoteores com as embaixadas, nomeadamente, Israel, Cuba e Angola.