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Congresso do Chega arranca com quase duas horas de atraso

Trabalhos foram iniciados às 23:22 horas.

O presidente do Chega, André Ventura, durante a marcha com militantes do partido, que antecedeu a abertura do III Congresso Nacional do Chega.
PAULO NOVAIS

Lusa

O III congresso do Chega começou na noite de sexta-feira em Coimbra, com um atraso de quase duas horas relativamente à hora prevista.

Eram 23:22 quando Luís Graça, presidente da mesa do congresso, deu por abertos os trabalhos, minutos antes do líder do partido, André Ventura, entrar na sala, de mãos no ar.

Cerca das 23:15, a animadora do congresso pedia, "por favor, encarecidamente" a delegados, observadores e dirigentes que se sentassem, e que tivessem "disciplina para dar abertura" aos trabalhos.

E pediu, por várias vezes, que se evitassem "aglomerações no meio da sala" - onde se viam delegados sem máscara - porque haveria oportunidades para "conversar lá fora".

À hora em que o congresso já deveria estar a decorrer, pouco depois das 21:30, um delegado passeava uma criança num carrinho de bebé na sala decorada com cartazes de André Ventura.

À entrada para o III Congresso do Chega, que decorre até domingo, o líder do partido mostrou confiança de que o programa para chegar ao Governo de Portugal vai ser aprovado no congresso do partido, que teve início em Coimbra.

André Ventura manifestou a expectativa de que os cerca de 500 congressistas "não vão permitir que o partido se submeta ao PSD, mas antes se imponha ao PSD".

Numa curta declaração aos jornalistas, o dirigente partidário disse que a grande questão "é precisamente não querer que o partido seja uma muleta do PSD".

"Se o Chega decidir ser uma muleta do PSD já não é o partido que acho que devemos ser, mas o que o PSD quer que sejamos", referiu André Ventura, que mostrou também confiança de que a sua equipa de direção será aprovada à primeira.

Durante a tarde, numa marcha na cidade de Coimbra, o líder do Chega disse que o partido vai definir este fim de semana, em congresso, as condições para uma futura coligação de governo com o PSD e avisou que as suas exigências são inegociáveis.

"É neste congresso que o partido vai determinar claramente que o Chega não será muleta de nenhum partido", frisou André Ventura, em declarações aos jornalistas junto à Universidade de Coimbra, de onde partiu uma marcha até à Praça Heróis do Ultramar.

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