O Governo aprovou esta quinta-feira uma resolução que reconhece a requisição civil dos enfermeiros face à greve nos blocos operatórios. Os hospitais afetados pela decisão situam-se todos do norte:
- Centro Hospitalar de Tondela, Viseu;
- Centro Hospitalar São João, Porto;
- Centro Hospitalar Universitário do Porto, Hospital de Santo António, Porto;
- Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Santa Maria da Feira.
A lista surge depois do presidente da Associação dos Administradores Hospitalares defender que a requisição civil devia ser aplicada apenas nos hospitais onde não estivessem a ser cumpridos os serviços mínimos.
A resolução foi aprovada em Conselho de Ministros, e justificada com o incumprimento dos serviços mínimos durante a greve. Através de um comunicado, o Governo explicou que a requisição civil será requerida "de forma proporcional e na medida do necessário".
Na conferência de imprensa, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que a aprovação da requisição civil não foi tomada de “ânimo leve”, sobretudo devido a situações que considera preocupantes.
A greve dos enfermeiros vai ser alargada esta sexta-feira ao hospital de Setúbal, ao Santa Maria, em Lisboa, e ainda ao Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, três hospitais que não estão abrangidos por esta requisição civil.
Perante a requisição, a Ordem dos Enfermeiros convocou uma reunião, para terça-feira, com todos os sindicatos que aderiram à greve e com os enfermeiros diretores dos centros hospitalares onde decorre a paralisação.
Já o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem promete anunciar na sexta-feira medidas para organizar uma nova greve. Falam numa “guerra civil declarada pelo Governo”, que terá resposta na conferência de imprensa que agendaram para esta sexta-feira, às 11:00.