País

Nove detidos, incluindo dois agentes da PSP, em operação relacionada com o roubo das armas Glock

Dos nove detidos, seis são suspeitos de ligação ao furto das armas da Direção Nacional da PSP.

Última atualização às 11h42

A polícia realizou esta manhã uma operação para deter responsáveis pelo roubo das 57 armas Glock retiradas da Direção Nacional da PSP. Nove pessoas foram detidas, duas são agentes da PSP, que na altura eram responsáveis pelo armeiro da Direção Nacional. Seis detenções ocorreram em flagarnte delito e três resultaram de mandados de detenção. Dos nove detidos, apenas seis são suspeitos de ligação ao furto das armas Glock.

Entre as nove pessoas que foram alvo de mandados de captura há dois agentes da PSP. Operação conta com 150 polícias de todo o país. Em causa estão crimes de tráfico de armas, peculato e associação criminosa. Um dos suspeitos do grupo tinha já sido apanhado há dois dias no caso de Tancos


A polícia só deu pela falta das armas Glock em janeiro de 2017 depois de uma das armas ter sido encontrada numa operação policial.

Em comunicado, a PSP informa que decorrem 14 buscas domiciliárias e quatro buscas não domiciliárias, no âmbito do inquérito que investiga o furto de pistolas da Direção Nacional.


A operação, com o nome "Ferrocianeto" abrange os concelhos de Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mafra, Abrantes, Alvaiázere, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Almada e Albufeira.


Há dois dias, no âmbito de operação da Polícia Judiciária de caça aos responsáveis pelo assalto a Tancos, foi detido um homem de Ansião que é também suspeito de estra envolvido no caso.

A 17 de outubro deste ano, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, disse no Parlamento que haviam sido recuperadas oito das 57 armas Glock desaparecidas "em operações distintas, sem nenhuma característica comum entre as mesmas, oito das 57 armas".

O ministro avançou que quatro armas foram recuperadas em Espanha, três das quais na Andaluzia e uma Ceuta, e outras quatro em Portugal. Eduardo Cabrita avançou ainda que o oficial da PSP que foi responsável pelo departamento onde estavam armazenadas 57 armas desaparecidas em janeiro de 2017 foi exonerado de oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Guiné-Bissau.

Na sequência dos processos disciplinares abertos pela PSP a este caso foi determinado, em março de 2017, a cessação da comissão de serviço do ex-diretor do Departamento de Apoio Geral da direção Nacional da PSP, enquanto oficial de ligação do MAI na Guiné-Bissau.

Com Lusa

Últimas