Miguel Cabrita participou, em Bragança, numa cerimónia de entrega de certificados, à margem da qual indicou que, em 2017, inscreveram-se no programa 125 mil pessoas e, em 2018, o número de inscrito é já de quase 70 mil em todo o país.
O 'Qualifica' começou a funcionar em pleno em 2017 e veio substituir o 'Novas Oportunidades' com uma diferença realçada pelo governante: "há sempre uma componente de formação obrigatória para que as pessoas possam concluir o 9.º ou o 12.º ano ou o nível em que estiverem e há pelo menos 50 horas de formação que são obrigatórias".
"O processo de certificação é longo, não é certificar por certifica, é certificar e encaminhar pessoas para ofertas formativas", sublinhou.
O secretário de Estado reiterou que "o programa não se destina apenas a reconhecer as competências que as pessoas adquiriram no mercado de trabalho, tem também uma componente de formação obrigatória, o que significa que quem participa tem, além desta validação das competências, também uma dimensão de formação, de mais-valia para o seu percurso".
Chamar pessoas que de alguma forma não concluíram os seus percursos de volta para a formação é, para o secretário de Estado, "do interesse delas, mas é sobretudo do interesse do país".
"E os dados mostram que quem participa neste tipo de processo tem depois uma maior probabilidade de voltar a passar por percurso de formação, seja voltar à escola, seja frequentar formação profissional, participar em cursos de outro tipo", apontou.
O governante participou na cerimónia de entrega do certificado a cerca de 120 adultos que concluíram o processo de Reconhecimento, Validação, Certificação de Competências (RVCC) na área do Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança, que corresponde a nove concelhos.
O número de pessoas que concluiu o processe nesta região, desde o início do ano, é maior, concretamente 223, mas nem todos puderam estar presentes, como disse o delegado regional do Norte do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), António Leite.
O responsável notou o acréscimo de procura do programa nesta região, onde os centros Qualifica registaram em metade do ano de 2018 o dobro de participantes em relação a 2017, em que o número foi de cerca de cem.
Lusa