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Gripe força hospitais a adiar cirurgias

Ainda não atingiu o pico, mas a gripe está já a obrigar vários hospitais a adiarem as cirurgias programadas não urgentes, uma forma de libertar camas e dar resposta à maior afluência às urgências. As próximas semanas poderão ser mais críticas.

Francisco Seco

Há serviços sobrelotados e com tempos de espera de várias horas. A maioria dos casos nos hospitais são doentes idosos com problemas respiratórios devido ao frio e à humidade.

O hospital de Santa Maria, em Lisboa, criou uma área especial de contigência, para o surto de gripe previsto nas próximas semanas, disse o presidente do conselho de administração, Carlos Martins.

A Direção Geral de Saúde (DGS) apela à população para ligar para Linha de Saúde 24 808 24 24 24, antes de acorrer às urgências.

Na SIC Notícias, Dora Sargento, médica de medicina interna no Hospital Pulido Valente lembrou que só em casos de sintomas mais graves é que os doentes devem recorrer às urgências.

Próximas semanas serão "mais críticas"

O pico da gripe deverá acontecer nos próximos dias, com a descida das temperaturas.

Em declarações à Agência Lusa no início da semana, a diretora-geral da DGS admitiu que possam haver nas próximas semanas "dias críticos", afirmando que nos próximos dias há dois fatores que podem aumentar o número de casos, o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissor da doença, e a descida das temperaturas.

"O vírus dá-se bem com temperaturas baixas" e é por si só fator de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.

Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas.

Três tipos de vírus

Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.

Segundo a responsável, para ao vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, "já não sendo tão boa para o tipo B". Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afetadas pela gripe de forma menos grave.

Com Lusa

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