Em declarações aos jornalistas antes de participar numa audiência do papa Francisco com os 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia que se deslocaram à capital italiana para o 60.º aniversário dos Tratados de Roma (o Reino Unido não está presente), António Costa observou que o tratado fundador do que é hoje a UE "não reivindica nenhuma herança religiosa em particular e respeita um valor essencial da laicidade", mas considera perfeitamente normal a cerimónia no Vaticano.
"Ninguém pode nem deve ignorar, em primeiro lugar, que o santo padre é também chefe de Estado da Santa Sé e, em segundo lugar, que a religião católica tem uma representação importante, uma presença importante na nossa vida coletiva", declarou.
Segundo António Costa, "a laicidade não é a ignorância das religiões existentes, é a tolerância relativamente a todos, o respeito relativamente a todas e a liberdade relativamente a todas"."Estranho seria vir a Roma e não ver o papa", concluiu o chefe de Governo.