Vários médicos de Trás-os-Montes foram deslocados nas últimas semanas para os hospitais do Algarve, como forma de colmatar a falta de profissionais de saúde na região.
Na edição de hoje do JN, é exposto o exemplo de uma aluna algarvia do ensino básico que partiu um braço e que foi deslocada para o hospital de Santa Maria (Lisboa), a 300 quilómetros de distância, por não haver nenhum ortopedista disponível em serviço. O jornal cita um despacho publicado esta semana em Diário da República, onde é evidenciada a falta de 736 médicos por todo o país.
"As instituições mais carenciadas são o Centro Hospitalar do Algarve e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro que agora vão poder contratar 51 e 37 especialistas, respetivamente", lê-se no despacho.
Para colmatar esta falta de médicos no Algarve, foi acionado o sistema de mobilidade parcial, que permite que os médicos possam ser deslocados, sem autorização prévia, durante este periodo de verão em que a população triplica, muito devido ao elevado número de turistas que visitam o sul do país.
Os responsáveis da Administração Regional de Saúde do Algarve admitem que existe uma profunda assimetria de recursos no país, estando estes mais concentrados no Norte e Centro, falhando no interior, no Algarve e Alentejo.