Amnistia Internacional homenageou vítimas do Mediterrâneo junto ao rio Tejo
Cerca de meia centena de pessoas participaram hoje em Lisboa numa marcha silenciosa para exigir aos líderes europeus maior ação na questão dos imigrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo, que "não são perigosos, mas estão em perigo". Trajados maioritariamente de preto, os participantes na ação, organizada pela delegação portuguesa da Amnistia Internacional, apelaram para que os líderes europeus lancem uma operação de busca e salvamento em larga escala naquela zona. Junto ao Cais das Colunas, as dezenas de participantes lançaram flores à água, após marcharem lentamente e em silêncio desde o Rossio, onde se concentraram. Em declarações à Lusa no final da cerimónia, a diretora executiva da Amnistia Internacional, Teresa Pina, exortou a comunidade internacional a rever as estratégias e a tomar medidas para salvar vidas, lembrando que os migrantes "não são perigosos, mas estão em perigo". Em 2014 milhares de pessoas morreram a tentar chegar à Europa através do Mediterrâneo, naquela que as Nações Unidas descreveram como uma das rotas mais perigosas do mundo. Cerca de 170 mil pessoas chegaram a Itália em 2014 depois de resgatadas pela marinha, guarda costeira ou navios mercantes. (Fotos Lusa)