Lince ibérico encontrado morto foi envenenado
A fêmea de lince ibérico encontrada morta no passado dia 12 de março foi envenenada.
O lince tinha sido criado em cativeiro e libertado, juntamente com outros cinco animais da mesma espécie, perto de Mértola, em fevereiro.
O resultado da análise foi conhecido hoje e confirmou a morte por envenenamento. Viveu apenas cerca de duas semanas no habitat natural.
"Kayakweru, fêmea reintroduzida a 7 de fevereiro e libertada na natureza no passado dia 25 do mesmo mês, foi encontrada esta quinta-feira morta, pela equipa de campo do ICNF, numa zona florestal, no âmbito da monitorização dos animais reintroduzidos na região de Mértola", referiu na altura a entidade responsável pela vigilância do animal.
A fêmea Kayakweru, nascida em Silves, e o macho Kempo, proveniente de Doñana (Espanha), foram libertados a 07 de fevereiro no Parque Natural do Guadiana, em Mértola, iniciando o processo de integração da natureza, juntando-se assim aos dois primeiros linces ibéricos já a viver na natureza - Katmandu e Jacarandá.
Kayakweru e Kempo foram colocados naquele parque, num cercado com dois hectares de área e que servia para se adaptarem à vida no habitat natural.
A colocação dos linces ibéricos naquele cercado permite uma transição da vida nos centros reprodução para a vida na natureza. O período de adaptação será no mínimo de 20 dias, no entanto, "a sua duração final está sempre dependente do comportamento dos animais no cercado", segundo o ICNF.
Para o instituto, a reintrodução dos linces ibéricos na natureza "é mais um passo no compromisso nacional e ibérico para a inversão do risco de extinção desta espécie".
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