País

Profissionais de saúde do Algarve em greve pelo SNS

Os sindicatos da saúde e da função pública do Algarve cumprem hoje uma greve que abrange todos os profissionais de saúde, em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região.

(Arquivo)
ANTONIO COTRIM

A greve, que começou às 00:00 e tem a duração de 24 horas, é a primeira  paralisação conjunta no Algarve que congregará enfermeiros, médicos e profissionais  da função pública, nomeadamente pessoal administrativo e auxiliares de ação  médica, segundo os representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses  (SEP), do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e do Sindicato da Função Pública  do Sul.  

Fontes do SEP e do Sindicato da Função Pública do Sul disseram à Lusa  que esperam contar com uma forte adesão por parte dos profissionais de saúde  do Algarve, mas apelaram também à participação da população algarvia na  Tribuna Pública que as estruturas sindicais marcaram para as 17:00, em frente  à sede da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.  
  
Nuno Manjua, coordenador do SEP do Algarve, apelou à mobilização de  todos os cidadãos na tribuna pública, sublinhando que o objetivo dos sindicatos  é fazer da concentração um momento regional em defesa do Serviço Nacional  de Saúde (SNS) no Algarve.  
  
De acordo com Margarida Agostinho, do Sindicato dos Médicos da Zona  Sul, há muitos clínicos a abandonar os serviços por reforma ou reforma antecipada,  devido às más condições de trabalho, que se traduzem sobretudo na falta  de pessoal e de material e tornam difícil manter as pessoas a trabalhar. 
  
"Os médicos estão a sair por reformas, estão a pôr reformas antecipadas  nos hospitais e nos centros de saúde, porque realmente as condições de trabalho  deterioraram-se muito", afirmou Margarida Agostinho, questionando as vantagens  da criação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e da consequente fusão  dos três hospitais da região -- Faro, Portimão e Lagos - no verão passado. 
 
Rosa Franco, do Sindicato da Função Pública do Sul, chamou a atenção  para o importante papel desempenhado nas unidades de saúde pelo pessoal  administrativo e auxiliar e apontou inúmeras falhas nos serviços, desde  a recolha do lixo a profissionais obrigados a fazer escalas de 16 horas. 
  
"As instituições de saúde não funcionam sem os auxiliares, principalmente  porque fazem parte da equipa multidisciplinar de saúde e sem os auxiliares  não há serviço nenhum que funcione", sublinhou.  
  
Lusa

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