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Execução de contrapartidas subiu de 30 para 35%

O ministro da Economia anunciou hoje que a execução  das contrapartidas pelos fornecedores estrangeiros de equipamento militar  subiu no primeiro semestre de 2014 de menos de 30 para 35%, ao depor na  comissão de inquérito parlamentar respetiva. 

"Segundo os dados mais recentes, do final do primeiro semestre de 2014,  a taxa de execução subiu, nos últimos sete meses, de menos de 30% para 35%,  ou seja, de 464 milhões de euros para 706 milhões de euros", garantiu Pires  de Lima, em funções governativas desde julho de 2013, sucedendo a Álvaro  Santos Pereira. 

O tutelar da Direção-Geral de Atividades Económicas, encarregada da  fiscalização das contrapartidas após a extinção, em 2012 e pelo atual executivo  da maioria PSD/CDS-PP, da Comissão Permanente de Avaliação das Contrapartidas  (CPAC), referiu ainda que 1.150 milhões de euros foram já creditados como  contrapartidas do total inicial de 2.746 milhões de euros acordados. Pires  de Lima sublinhou que 331 milhões de euros são referentes aos últimos seis  meses e 707 milhões de euros aos últimos dois anos. 

O responsável destacou ainda três contratos aos quais tem dado particular  atenção, nomeadamente através do seu secretário de Estado adjunto, Leonardo  Matias: torpedos, viaturas blindadas Pandur II e submarinos U-291. 

"O contrato para torpedos, com oito anos praticamente sem execução,  depois dos devidos pareceres jurídicos, decidiu-se executar a garantia bancária  (neste caso, de 25% das contrapartidas previstas inicialmente - 11,63 milhões  de euros) e foi possível obter razão no tribunal de Milão para Estado português  em 21 de novembro de 2013. Suspendeu-se também a ação que decorria contra  o fornecedor das Pandur e avançar para uma renegociação (esta execução é,  até agora, muito baixa, de 17,1%", afiançou, mostrando-se esperançado em  novidades para breve da parte da General Dynamics. 

Relativamente aos navios submergíveis comprados pelo Estado português  em 2004, com o atual vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, à frente da Defesa  Nacional, mas numa iniciativa corroborada por diversos governos desde 1993,  Pires de Lima lembrou a recente substituição das contrapartidas já renegociadas  por Santos Pereira - a requalificação de um empreendimento turístico no  Algarve - pela construção de um parque eólico na região de Aveiro. 

"Foi possível aceitar o projeto hncora, através de um conjunto de sócios,  nomeadamente a Ferrostal (parte do consórcio germânico que construiu os  submarinos Tridente e Arpão), quie inclui empresas portuguesas, entre as  quais a mais emblemática será a Galp. Pressupõe um reconhecimento de 600  milhões de euros, tendo já sido creditados anteriormente cerca de 700 milhões  de euros, até 2018", explicou. 

Sobre os helicópteros EH101, Pires de Lima disse que a execução do contrato  de contrapartidas se encontra nos 61% e o seu prazo termina dentro de dois  meses. Quanto aos aviões C-295, a taxa de execução é de apenas 17%, porém  os programas dos aviões de caça F-16 e anti submarino P3 Orion têm percentagens  de execução superiores a 100%, segundo o ministro, que assumiu que as contrapartidas  dos submarinos já estão em 62% dos 1.210 milhões de euros assumidos inicialmente.

Lusa

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