Espanha vive o rescaldo do anúncio da abdicação do rei Juan Carlos a favor do seu filho Felipe. Em Portugal, com o maior partido da oposição em crise interna, o executivo PSD/CDS-PP enfrenta mais um chumbo do Tribunal Constitucional a medidas orçamentais, que pretende ver clarificado, num contexto em que procura iniciar um novo ciclo pós-resgate.
O desenvolvimento das redes energéticas europeias, a estratégia da União Europeia para a promoção do crescimento económico e o combate ao desemprego, em particular o dos jovens, e o reforço da cooperação transfronteiriça em setores como a saúde e a proteção civil são temas na agenda desta cimeira, que juntará seis ministros de cada governo.
Entre reuniões sectoriais, reunião plenária, um encontro a sós entre o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, e o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, uma conferência de imprensa conjunta e um almoço das duas delegações, esta cimeira tem uma duração prevista de cinco horas.
Passos Coelho e Rajoy estiveram juntos há uma semana e meia, em Lisboa, no dia da final da Liga dos Campeões, que coincidiu com a véspera das eleições europeias de 25 de maio.
As mudanças institucionais em curso na União Europeia, na sequência das eleições para o Parlamento Europeu, também deverão ser abordadas hoje pelos executivos de Portugal e de Espanha - que continua a ser o principal destino das exportações e a maior fonte de importações portuguesas.
À margem desta reunião anual entre os dois governos, decorrerá, como habitualmente, um encontro empresarial bilateral.
Pela parte portuguesa, estarão presentes os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, Administração Interna, Miguel Macedo, Economia, Pires de Lima, Ambiente, Moreira da Silva, e Segurança Social, Mota Soares - e ainda cinco secretários de Estado: adjunto do primeiro-ministro, dos Assuntos Europeus, das Infraestruturas, do Emprego e adjunto do ministro da Saúde