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Reformados e pensionistas exigem mais informação sobre pensões

Cerca de duas dezenas de reformados e pensionistas estão, desde as 08:30, concentrados junto à Caixa Geral de Aposentações, em Lisboa, para entregar uma carta onde exigem informação sobre os abonos e os descontos nas pensões de reforma.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) considera que o Orçamento do Estado para o próximo ano pode ser mais transparente e pede mais informação ao Governo, apresentando mais de 30 pontos que deveriam ser incorporados na proposta orçamental.
LUSA/ ARQUIVO

A iniciativa, promovida pelo movimento sindical Inter-Reformados, afeto à CGTP, visa também protestar contra os cortes nas pensões de reforma, o aumento da idade de reforma para os 66 anos, o empobrecimento e o direito à informação.  

"Temos o direito de ser informados sobre o que nos abonam nas nossas pensões e o que nos descontam. Há um ano fizemos esta exigência junto do Centro Nacional de Pensões, junto do ministro da Solidariedade e Segurança Social e junto à Assembleia da Republica, porque temos o direito de saber o que nos roubam todos os meses", afirmou, em declarações à agência Lusa, a coordenadora da Inter-Reformados Fátima Canavezes. 

Segundo explicou, quem está registado no site online da Caixa Geral de Aposentações "consegue ter acesso à informação toda, mas quem não está - uma grande maioria de pensionistas que nem sequer computador tem - não tem acesso a essa informação" e mantém muitas questões em aberto. 

Questões para as quais, como sublinhou Fátima Canavezes, "ainda não obtiveram resposta, apesar dos pedidos escritos (feitos) ao organismo".

Para a coordenadora do movimento, os reformados e pensionistas são "as vítimas preferenciais deste Governo", o que ficou demonstrado, segundo disse, no Orçamento de Estado para 2014. 

O orçamento "contém ainda mais medidas de empobrecimento para aposentados e pensionistas, determina cortes nas pensões de viuvez e mais um corte em todas as pensões acima de mil euros, através de um imposto só para reformados que é a contribuição extraordinária de solidariedade (CES)", lembrou. 

Os pensionistas, munidos de bandeiras, estão, hoje de manhã, a distribuir tarjetas aos reformados e à população em geral, lembrando que há alternativas a esta política e defendendo o derrube do Governo e eleições antecipadas.

Com Lusa

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