A iniciativa, promovida pelo movimento sindical Inter-Reformados, afeto à CGTP, visa também protestar contra os cortes nas pensões de reforma, o aumento da idade de reforma para os 66 anos, o empobrecimento e o direito à informação.
"Temos o direito de ser informados sobre o que nos abonam nas nossas pensões e o que nos descontam. Há um ano fizemos esta exigência junto do Centro Nacional de Pensões, junto do ministro da Solidariedade e Segurança Social e junto à Assembleia da Republica, porque temos o direito de saber o que nos roubam todos os meses", afirmou, em declarações à agência Lusa, a coordenadora da Inter-Reformados Fátima Canavezes.
Segundo explicou, quem está registado no site online da Caixa Geral de Aposentações "consegue ter acesso à informação toda, mas quem não está - uma grande maioria de pensionistas que nem sequer computador tem - não tem acesso a essa informação" e mantém muitas questões em aberto.
Questões para as quais, como sublinhou Fátima Canavezes, "ainda não obtiveram resposta, apesar dos pedidos escritos (feitos) ao organismo".
Para a coordenadora do movimento, os reformados e pensionistas são "as vítimas preferenciais deste Governo", o que ficou demonstrado, segundo disse, no Orçamento de Estado para 2014.
O orçamento "contém ainda mais medidas de empobrecimento para aposentados e pensionistas, determina cortes nas pensões de viuvez e mais um corte em todas as pensões acima de mil euros, através de um imposto só para reformados que é a contribuição extraordinária de solidariedade (CES)", lembrou.
Os pensionistas, munidos de bandeiras, estão, hoje de manhã, a distribuir tarjetas aos reformados e à população em geral, lembrando que há alternativas a esta política e defendendo o derrube do Governo e eleições antecipadas.
Com Lusa