País

Reformados e pensionistas protestam hoje contra medidas do Governo

A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe) marcou para hoje uma concentração em frente à Assembleia da República, para protestar contra as "medidas constantes" nos dois orçamentos do Estado relativas aos reformados.

Inácio Rosa

A concentração, que pretende ser "um grito de protesto contra as medidas  de Governo", realiza-se no dia em que vai ser discutido e aprovado o Orçamento  Retificativo.  

"Estamos a convocar uma concentração em frente à Assembleia da República  para protestar contra as medidas do Governo no que se refere aos reformados",  disse à agência Lusa a presidente da associação, à margem de uma conferência  de imprensa para anunciar a criação do núcleo do Seixal da APRe. 

Maria do Rosário Gama adiantou que a APRe convidou várias associações  e sindicatos para estarem presentes na concentração, onde irá ser entregue  um documento na Assembleia da República. 

"O resultado pode não ser tão expressivo como nós queremos, porque  é difícil mobilizar os reformados", mas o importante é fazer ouvir a voz  dos pensionistas e reformados contra as medidas que significam um aumento  no número de pensões afetadas pela Contribuição Extraordinária de Solidariedade  (CES), adiantou. 

Estas medidas provocam "um agravamento dos cortes a muitas pensões  que já eram abrangidas, cortes nas pensões de sobrevivência, cortes nos  complementos de pensões", frisou a presidente da associação. 

"Está sobejamente demonstrado que a medida  1/8CES 3/8 não é objetivamente  necessária. Trata-se de uma exigência ideológica imposta, ou autoimposta,  para não dizer que é uma manifestação de perversidade", acrescentou. 

Para o mesmo dia, a mesma hora e local, também está marcada uma  conferência de imprensa da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas  e Idosos (MURPI), em que será abordada a situação dos idosos "vítimas da  aprovação do Orçamento do Estado/2014 e o Orçamento Retificativo".  

"Vamos protestar contra as medidas que estão a ser tomadas contra  os reformados e os trabalhadores em geral" e "vamos apresentar o nosso caderno  reivindicativo em relação à situação dos reformados", disse à Lusa o presidente  do MURPI, Casimiro Meneses.   

Últimas