Olhares pelo Mundo

Ataque às Torres Gémeas chocou o mundo há 24 anos

Perto de três mil pessoas morreram no ataque terrorista reivindicado pela Al-Qaeda. Esta quinta-feira assinalam-se os 24 anos e homenageia-se as vítimas.

SIC Notícias

Ana Isabel Pinto

Eram quase 14h00 em Portugal quando o primeiro avião, dos quatro que foram sequestrados, embateu numa das torres do World Trade Center, no coração de Nova Iorque.

Perto de três mil pessoas morreram na sequência do ataque terrorista reivindicado pela Al-Qaeda.

Esta quinta-feira, assinalam-se os 24 anos da tragédia e, como é habitual, estão marcadas cerimónias de homenagem às vítimas em várias cidades dos Estados Unidos.

Donald Trump estará presente no memorial no Pentágono, na Virgínia, ao passo que o vice-presidente dos Estados Unidos vai estar no Ground Zero, em Nova Iorque.

A homenagem contará também com a presença de Joe Biden e Kamala Harris.

Na Pensilvânia, vai ainda ser tocado o tradicional sino da esperança.

Os momentos mais marcantes deste dia negro

O voo 11, um Boeing 767 da American Airlines, partiu do aeroporto de Logan, em Boston, em direção a Los Angeles. Foi às 8h46 (13h46 em Lisboa) chocou com a torre norte, do World Trace Centre, em Nova Iorque. O avião, com 92 pessoas a bordo, entrou em linha reta entre os andares 95 e 103.

Dezassete minutos depois, um segundo avião - o voo 175 da United Airlines - choca com a torre sul ao nível do andar 80. Neste seguiam 65 pessoas. O voo 175 também tinha saído de Boston e, como o primeiro, também ia para Los Angeles.

Ainda Nova Iorque tentava perceber o que estava a acontecer e houve um terceiro ataque. Às 9h40 locais, o voo 77 - um Boeing 757 vindo de Washington - choca contra o edifício do Pentágono. Na sede da defesa norte-americana morreram 190 pessoas. No avião seguiam 64.

O último foi o voo 93 da United Airlines que se despenhou numa zona rural da Pensilvânia. O avião saiu de Newark às 8h00 locais com destino a São Francisco, na Califórnia. O que o fez cair foi um ato de nobreza e coragem: os pilotos não cumpriram a ordem dos terroristas e anteciparam a morte. Morreram 45 pessoas.

Quase 24 anos depois, três vítimas foram identificadas

Este verão, em agosto, foram identificadas três novas vítimas graças a avanços na análise de ADN. As autoridades conseguiram associar restos mortais, anteriormente considerados irreconhecíveis, a perfis genéticos de familiares.

As três vítimas — um homem e duas mulheres — passam agora a fazer parte das 1.653 pessoas identificadas entre as 2.753 que perderam a vida na sequência do ataque terrorista às Torres Gémeas que marcou o início do século XXI.

A vítima do sexo masculino é Ryan D. Fitzgerald, um jovem de 26 anos, natural de Floral Park. Segundo o seu obituário, o mais velho de três irmãos, tinha-se mudado recentemente para Manhattan e trabalhava como operador de câmbio estrangeiro na Fiduciary Trust, localizada na Torre Sul.

Barbara A. Keating, de 72 anos, viajava no voo da American Airlines que embateu na Torre Norte, após ter visitado os netos na Califórnia, conforme referido no seu obituário. Estava reformada e foi diretora de uma organização de caridade, tendo ainda sobrevivido a dois cancros da mama.

A identidade da terceira vítima, uma mulher adulta, não foi revelada publicamente a pedido da família.

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