"Hoje mesmo, às 14:00, hora de Bruxelas, vamos fazer sair um comunicado - os países do G7 mais eu próprio, em nome da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu - em que deixamos claro que não podemos aceitar um referendo na Crimeia, que é ilegítimo, ilegal e contrário à Constituição da Ucrânia", disse José Manuel Durão Barroso.
O presidente da Comissão Europeia, que falava aos jornalistas no final de mais um debate sobre a situação na Ucrânia, no Parlamento Europeu, sublinhou que o referendo contraria ainda "todos os instrumentos de direito internacional".
Reiterando que Bruxelas quer "uma solução pacífica", Barroso referiu que "infelizmente, não estamos a ver do lado da Rússia a mesma disposição", sublinhando a preocupação com a situação, "que põe em causa a paz regional e a paz no mundo".
"Um século depois da I Guerra Mundial, é voltar aos cenários em que os países pegavam em bocados doutros países. Foi contra isto que fizemos a União Europeia, que fizemos os esforços para a paz no nosso continente", declarou.
Para Durão Barroso, "uma situação de anexar um território de outro país soberano é algo que não pode ser aceite".