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Infarmed alargou investigação sobre importação ilegal a todas as vacinas

A Autoridade Nacional do Medicamento alargou  a todas as vacinas a investigação que teve início na semana passada após  a descoberta de importação ilegal de vacinas da gripe, disse à agência Lusa  uma fonte do Infarmed. 

(Reuters)
© Edgard Garrido / Reuters

O Diário Económico avançou na sua edição de hoje que o Infarmed está  a investigar o circuito de todas as vacinas, incluindo a da varicela. 

Em declarações à Lusa, fonte do Infarmed confirmou o alargamento da  investigação e fiscalização a farmácias e distribuidores, adiantando que  na quarta-feira a autoridade do medicamento deverá fazer um balanço da operação.

A mesma fonte sublinhou, no entanto, que "o circuito legal das vacinas  está assegurado" e que até ao momento não foi encontrado nenhum indício  que ponha em risco a saúde pública. 

O Diário Económico adianta que a investigação do Infarmed tem como foco  as vacinas da gripe, mas acabou por se estender ao circuito de todas as  vacinas, numa altura em que as farmácias portuguesas junto à fronteira com  Espanha esgotaram as vacinas da varicela devido às novas regras no país  vizinho que proibiu a venda nos canais farmacêuticos, restringindo o seu  uso aos hospitais e centros de saúde. 

Por isso, sem acesso à vacina, muitos espanhóis atravessaram a fronteira  para comprar a vacina da varicela em Portugal. 

Questionada sobre este assunto, fonte do Infarmed disse que a autoridade  do medicamento não tem conhecimento da situação. 

 Na semana passada, o presidente do Infarmed alertou para o risco de  vacinas que entraram ilegalmente no país serem falsificadas e adiantou que  chegaram a ser vendidas e administradas a utentes, tendo sido pedida a comparticipação  do Estado. 

Eurico Castro Alves disse haver "indicadores inegáveis da entrada ilegal [das vacinas] no país", sendo agora necessário descobrir se há mais, quais  os circuitos que seguem, quem as fabrica e se são falsificadas, razão por  que foi lançada de imediato uma "operação à escala nacional para garantir  que tal não acontece". 

O responsável adiantou ainda que a farmácia onde foram detetadas estas  vacinas situa-se em Aljezur e que o Infarmed estava a averiguar quem foram  e onde estão os utentes que as compraram. 

 

Lusa

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