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Sindicatos querem reunir com ministro da Educação e com comissões para discutir prova

Várias organizações sindicais de professores  pediram hoje uma reunião ao ministro da Educação e aos deputados das comissões  parlamentares para discutir as "irregularidades" registadas no dia da prova  de avaliação e exigir a sua suspensão. 

(Lusa/Arquivo)
PAULO NOVAIS

Em comunicado, seis organizações de professores  e educadores de infância informam que querem reunir-se com responsáveis  políticos por causa da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades  (PACC). 

Os professores e educadores de infância querem clarificar "a legalidade  de diversos procedimentos relativos à realização da prova, bem como sobre  o alegado acordo existente com uma confederação sindical", referem as organizações  envolvidas. 

A suspensão de todos os procedimentos previstos para o presente ano  letivo e a anulação da prova realizada no passado dia 18 de dezembro, assim  como a abertura de negociações com vista à eliminação definitiva da prova  são outros dos pontos da agenda que os sindicatos gostariam de discutir.

Por estas razões, a Federação Nacional de Professores (Fenprof), a Associação  Sindical de Professores Licenciados (ASPL), o Sindicato dos Educadores e  Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades  (SEPLEU), o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), o  Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (SIPPEB) e o Sindicato  Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades  (SPLIU) querem reunir-se com o ministro da Educação e Ciência e as Comissões  de Educação, Ciência e Cultura e de Assuntos Constitucionais, Direitos,  Liberdades e Garantias da Assembleia da República.  

As associações sublinham que vão continuar a contestar a PACC e defendem  que a greve no dia da prova veio reforçar as razões para suspender aquele  instrumento de avaliação de docentes: "Face às múltiplas e graves irregularidades  registadas em muitas escolas, cresceram, inclusivamente, as razões para  exigir a suspensão do processo, com vista a uma definitiva revogação da  prova de acesso". 

No comunicado, os sindicatos voltam a condenar as declarações de vários  governantes, sublinhando as do ministro da Educação, Nuno Crato, por considerar  que "voltam a demonstrar a ausência de argumentação séria para a manutenção  da prova de acesso". 

A PACC, que tinham sido inicialmente pensada para ser realizada por  todos os docentes contratados a prazo, destinou-se a cerca de 13.500 professores  contratados com menos de cinco anos de carreira.  

A adesão à greve dos vigilantes, que se registou no dia da prova, fez  com que houvesse escolas onde os docentes não conseguiram realizar a prova.

Lusa

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