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Ministério da Educação recebeu citação do tribunal do Funchal e enviou resolução fundamentada 

O Ministério da Educação revelou que já recebeu  uma citação do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal e apresentou uma resolução fundamentada antes do início da realização da prova de avaliação dos professores. 

(Lusa)
PAULO NOVAIS

"O Ministério da Educacão e Ciência recebeu hoje uma citação do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal e apresentou resolução fundamentada antes do inicio da realização da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades, pelo que ficaram suspensos os efeitos suspensivos associados à receção da citação, processo habitual que se verificou em relação a outras providências cautelares", refere uma informação do Ministério da Educação e Ciência (MEC).

A informação do MEC chegou depois de ter começado a prova de avaliação dos professores, que estava agendada para as 10:30.

Na terça-feira, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) revelou  que o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Funchal tinha deferido uma  providência cautelar interposta por sindicatos para impedir a realização  da prova de avaliação dos professores. 

Esta foi uma das muitas providências catelares apresentadas pelos sindicatos  contra a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC).  

Em novembro, a Fenprof entregou nos tribunais seis providências cautelares  a contestar a legislação publicada que enquadra a realização da PACC, tendo  sido remetidas cinco dessas providências cautelares para o Supremo Tribunal  Administrativo, depois de os tribunais de primeira instância se terem declarado  incompetentes para decidir, faltando apenas conhecer a decisão do TAF do  Porto. 

Também em novembro a Fenprof entregou nos tribunais outras seis providências  cautelares, desta feita a contestar o despacho de Nuno Crato que calendarizava  a prova e regulamentava os valores a pagar, tendo o TAF de Coimbra sido  o primeiro a decidir relativamente a estas providências cautelares e de  forma favorável ao Ministério da Educação e Ciência (MEC). 

Outras providências cautelares foram também apresentadas depois de o  Ministério da Educação ter decidido dispensar da prova os professores contratados  que têm cinco ou mais anos de serviço. Inicialmente, a prova teria de ser  realizada por todos os docentes contratados. 

Para saber em que escola vão realizar a prova, os professores têm de  consultar a página na Internet dedicada à PACC e gerida pelo Instituto de  Avaliação Educativa (IAVE). 

A providência cautelar aceite pelo TAF do Funchal e que agora mereceu  a resolução fundamentada do MEC pedia precisamente a suspensão de eficácia  dos avisos do IAVE/MEC sobre esta matéria. 

De acordo com números do IAVE, fornecidos depois de ter sido concedida  a possibilidade de dispensa da prova a professores contratados com cinco  anos de serviço, há aproximadamente 13.500 candidatos inscritos para realizar  a PACC, pouco mais de um terço dos 37 mil candidatos avançados pelo ministério  antes do acordo com a UGT, o que deixa subentender o pedido de dispensa  requerido por cerca de 23.500 professores. 

Lusa 

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