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Jerónimo de Sousa considera "luta justa" protesto contra subconcessão dos Estaleiros

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou uma "luta justa" o protesto dos trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que hoje se manifestam em Lisboa contra  a subconcessão daquela unidade. 

MANUEL DE ALMEIDA

"(O que me trouxe aqui foi) uma imensa solidariedade para com trabalhadores  que defendem o direito ao trabalho e defendem a economia", afirmou Jerónimo  de Sousa aos jornalistas no final da Calçada do Combro, por onde o protesto  dos trabalhadores dos ENVC passou cerca das 17:00. 

Desde as 15:30 que mais de 500 pessoas desfilam desde o Ministério das  Finanças em direção à residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento.

Durante o percurso, além do secretário-geral do PCP, juntou-se ao protesto  uma delegação da União de Sindicatos de Lisboa, afeta à CGTP-IN. O secretário-geral  desta central sindical, Arménio Carlos, está também integrado no cortejo.

Segundo o Bloco de Esquerda, também a sua deputada Mariana Aiveca, participa  nesta iniciativa dos trabalhadores dos ENVC. 

Empunhando bandeiras e faixas, nas quais se lê "viabilização sim, despedimentos  não", os manifestantes vão gritando "estaleiros unidos jamais serão vencidos"  e "não queremos dinheiro, queremos o estaleiro". 

Com esta manifestação, os trabalhadores pretendem reclamar a suspensão  do processo de subconcessão - acompanhado do encerramento da empresa - e  a avocação do dossiê pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. 

"Não há nenhuma decisão definitiva da União Europeia em que seja necessário  fechar os ENVC. Até podem continuar a ser estaleiros navais militares de  Viana do Castelo (para justificar as ajudas públicas), há possibilidade  de os estaleiros continuarem como empresa pública, no setor empresarial  do Estado", declarou, à saída para Lisboa, o porta-voz da comissão de trabalhadores.

António Costa reiterou haver alternativas ao encerramento dos ENVC que  os trabalhadores pretendem transmitir diretamente a Passos Coelho. 

 

     

 

Lusa

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