A Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho chamou a CGTP, a UGT e a CIP no âmbito da ronda de audições que precede a discussão da alteração legislativa na especialidade.
A proposta de lei que altera a Lei de Bases da Segurança Social, nomeadamente o fator de sustentabilidade que adequa a idade de reforma à esperança média de vida, foi discutida e votada na generalidade na sexta-feira.
As centrais sindicais rejeitam o aumento da idade de reforma mas a CIP reconhece a necessidade de aumentar a idade da reforma de modo a adaptá-la à esperança média de vida.
Para a CGTP a proposta traduz um "retrocesso social e geracional, em que a esperança média de vida é utilizada como um elemento para rechaçar a qualidade de vida".
A UGT rejeita "uma situação de incerteza sobre qual é a idade da reforma a partir do ano de 2014".
A CIP compreende a subida da idade de acesso à pensão mas defende que esta deve ser compatibilizada "com o rejuvenescimento dos quadros das empresas e com o acesso à reforma daqueles que queiram utilizar esse acesso sem qualquer penalização".
A proposta legislativa que altera o fator de sustentabilidade, com o objetivo de aumentar a idade da reforma para os 66 anos em 2014, prevê algumas exceções, nomeadamente para os contribuintes que descontaram mais de 40 anos e para as profissões de desgaste rápido.
A proposta de Orçamento do Estado para 2014 prevê uma poupança de 205 milhões de euros em 2014 com a alteração da idade da reforma.