"O PCP está particularmente à vontade relativamente à questão das subvenções dos titulares de cargos políticos porquanto, quando essa medida foi decidida, no início dos anos 80, foi o único partido que se lhe opôs e que nunca concordou com a existência desse tipo de subvenções e que concordou, em 2005, quando foi tomada a decisão de as extinguir", disse o deputado comunista e vice-presidente da Assembleia da República, António Filipe.
O vice-presidente da bancada do CDS-PP João Almeida, embora dizendo falar em nome pessoal, defendeu a suspensão das subvenções aos ex-políticos, considerando que um corte de 15% não é suficiente.
O Diário Económico noticiara que o Governo da maioria pretende cortar 15% das referidas retribuições, eliminadas há oito anos, mas ainda válidas para os cidadãos que já tivesses direito a elas anteriormente.
"O Governo procura apresentar esta medida como emblemática relativamente às medidas de austeridade quando o que é emblemático não é esse corte, que abrange um universo algumas centenas de titulares, mas o corte de 10% em todas as pensões e salários da administração pública", afirmou o parlamentar do PCP, caracterizando a política governamental como um conjunto de "redução salarial generalizada".
Lusa