Olhares pelo Mundo

China prepara missão tripulada à Lua para 2030

A missão tem como objetivo futuras viagens tripuladas, estadias de curta duração na superfície lunar e avanços nas operações integradas de humanos e robôs.

Catarina Solano de Almeida

Ana Isabel Pinto

A Agência Espacial da China (CMSA) divulgou esta semana um vídeo promocional com uma demonstração animada da sua planeada missão de aterragem na Lua, que deverá tornar-se realidade até 2030.

A missão tem como objetivo a exploração científica lunar e avanços tecnológicos para futuras viagens tripuladas, estadias de curta duração na superfície lunar e avanços nas operações integradas de humanos e robôs, de acordo com a CMSA.

Preparação para a missão lunar

A China pretende ser autónoma na exploração lunar, o que inclui as viagens de ida e volta entre a Terra e a Lua, a alunagem a exploração e recolha de amostras e a investigação científica.

A CMSA tem como objetivos preliminares três áreas principais:

  • Ciência Lunar - Estudos sobre a geologia e a evolução da Lua.
  • Ciência da Base Lunar - Investigações relacionadas com a viabilidade de instalações permanentes na superfície.
  • Exploração e Utilização de Recursos - Avaliação de recursos naturais, como minerais e água, que poderão ser usados para sustentar missões futuras.

Desenvolvimentos tecnológicos em curso

A CMSA anunciou que a produção de protótipos para equipamentos fundamentais da missão está a progredir conforme planeado:

•O foguetão Long March-10, essencial para transportar a missão até à Lua;

•A nave espacial tripulada Mengzhou;

•O módulo lunar Lanyue, que deverá pousar na superfície da Lua;

•O fato espacial de nova geração;

•Um veículo lunar tripulado para exploração direta.

Além disso, instalações terrestres concebidas para apoiar a produção e testes destes equipamentos foram concluídas e estão operacionais.

Uma das prioridades da China para esta missão é a construção do Local de Lançamento de Naves Espaciais de Wenchang, no sul do país. Este centro, vital para missões lunares e outras operações espaciais, está a ser ampliado para suportar os lançamentos ambiciosos planeados até 2030.

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