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Enigma medieval: de quem é a prótese de mão com 500 anos descoberta na Alemanha?

Numa época em que as próteses eram raras, a descoberta oferece um vislumbre da tecnologia medieval mas traz mais perguntas aos arqueólogos.

Catarina Solano de Almeida

Durante uma escavação no sul da Alemanha no verão passado, uma equipa de arqueólogos encontrou uma prótese de mão de ferro incrivelmente bem preservada, datada entre 1450 e 1620.

O esqueleto, descoberto numa vala comum na cidade bávara de Freising, perto de Munique, era de um homem de 30 a 50 anos. A prótese, cuidadosamente colocada numa mão esquerda a que faltava parte do dedo, levanta um mistério fascinante sobre a vida desse indivíduo.

Quem era, como perdeu a mão e por que razão teve o privilégio de ter uma prótese?

A arqueóloga Amira Adaileh destaca a raridade da descoberta, salientando que apenas cerca de 50 próteses de braço ou mão desse período foram encontradas na Europa Central.

Numa época em que as próteses eram raras, a descoberta destaca não apenas a perícia tecnológica da sociedade medieval, mas também sugere que o homem em questão poderia ter ocupado um lugar de destaque.

Por enquanto, a identidade do homem permanece envolta em mistério, como ele perdeu a mão e a razão por trás da amputação são questões que intrigam os investigadores e que esperam conseguir desvendar.

“A produção de próteses é complexa e mostra que encontrámos aqui uma pessoa que tem uma história muito interessante e mostra que aqui na Baviera temos muito mais histórias enterradas”, diz Mathias Pfeil, Conservador-geral do Gabinete de Proteção de Monumentos do Estado da Bavária.

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