Médio Oriente

Israel atacou bunker em hospital de Beirute

Horas antes da chegada do Secretário de Estado norte-americano, Israel bombardeou o sul de Beirute. Nas imediações de um hospital, garante que destruiu um abrigo onde o Hezbollah guardava ouro e dinheiro para financiar a guerra.

Aurélio Faria

No sul de Beirute, o bombardeamento desta tarde reduziu a escombros dois prédios, onde Israel afirma que funcionavam serviços de apoio ao Hezbollah. Não houve vítimas, dado que 40 minutos antes das explosões, houve um alerta de evacuação da área.

Já de madrugada, os subúrbios sul da capital libanesa tinham sido violentamente abalados por outros bombardeamentos. A meio da manhã, os residentes procuravam ainda sobreviventes entre os escombros.

Israel garante que os ataques foram cirúrgicos, visando um complexo subterrâneo construído sob um hospital, que seria um cofre-forte do Hezbollah.

Em retaliação, o Hezbollah lançou foguetes e mísseis contra Telavive, Haifa e uma dezena de cidades israelitas. O grupo afirma que os ataques foram dirigidos a bases navais e à sede da unidade de elite da espionagem israelita.

O movimento xiita reivindicou ainda, esta terça-feira, o ataque de drone, no fim de semana, contra a casa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Em Jerusalém, na sua décima primeira visita com o mesmo objetivo, o Secretário de Estado norte-americano reuniu-se com Netanyahu. Ao primeiro-ministro israelita, que continua a ignorar os apelos ao cessar-fogo, Antony Blinken pediu, para já, mais ajuda humanitária à Faixa de Gaza.

A situação é considerada particularmente dramática no norte do território palestiniano. Sob fogo intenso, 200 mil civis receberam ordem para rumar para o centro e sul de Gaza.

Reunida no Cairo, a Liga Árabe analisou o novo relatório das Nações Unidas sobre a situação em Gaza. Casas, estradas, hospitais, escolas e saneamento básico – 70% das infraestruturas estão destruídas, de acordo com os relatores. Dos dois milhões e trezentos mil habitantes, 90% estão desalojados. O documento da ONU conclui que um ano de guerra atrasou em pelo menos 70 anos o desenvolvimento da Faixa de Gaza.

ONU denuncia "horrores indescritíveis" no norte da Faixa de Gaza

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