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"Para o Reino Unido as relações bilaterais com os EUA são vitais"

Marcos Farias Ferreira, professor de Relações Internacionais, salienta que na agenda da visita de Donald Trump ao Reino Unido estão tarifas comerciais, investimentos em tecnologia e energia, guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza.

SIC Notícias

A segunda visita de Estado de Donald Trump ao Reino Unido quer dizer que, para o Reino Unido, as relações bilaterais com os EUA são vitais apesar das tensões políticas e das polémicas em torno de Trump, considera o professor de Relações Internacionais, Marcos Farias Ferreira.

O dia é marcado pela receção de gala em Windsor, com banquete oferecido pelo rei Carlos III, mas também por manifestações contra Trump. Imagens projetadas nas paredes do castelo lembraram ligações entre o Presidente norte-americano e Jeffrey Epstein.

"Esta segunda visita de Estado de Trump ao Reino Unido quer dizer uma coisa muito importante, quer dizer que para o Reino Unido as relações bilaterais com os Estados Unidos são vitais".

Marcos Farias Ferreira alerta para a imprevisibilidade de Trump e para os protestos que já marcam o regresso do Presidente norte-americano.

"É imprevisível e aproveita as câmaras para introduzir a sua agenda. Eu acho que o governo britânico procura aproveitar esta visita a seu favor, obviamente, dos interesses britânicos, mas Trump é imprevisível e pode utilizar qualquer momento de contacto, qualquer momento televisivo para meter a sua agenda, para introduzir os temas que sempre introduz".

O governo de Keir Starmer quer aproveitar o encontro para negociar melhores condições nas tarifas do aço e do alumínio, setor estratégico no Reino Unido.

"O objetivo é a redução total das tarifas comerciais", sublinha o professor.

Ucrânia e Médio Oriente dividem posições

A guerra na Ucrânia será outro ponto central, num momento em que Londres tenta pressionar Trump a assumir uma postura mais firme face à Rússia.

Já o dossiê da Palestina pode criar fricções, já que Keir Starmer admite reconhecer o Estado palestiniano na próxima semana, contra a posição dos EUA.

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