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"Fui eu. Desculpem por tudo isto": suspeito de matar Charlie Kirk terá confessado crime no Discord

Tyler Robinson, de 22 anos, principal suspeito de ter morto a tiro o ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, terá confessado o crime numa conversa online antes de se entregar às autoridades. Encontra-se atualmente detido, mas não colabora com as autoridades e ainda não terá admitido ter cometido o crime.

Mariana Jerónimo

O ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, foi mortalmente atingido a tiro enquanto discursava num debate na Universidade Utah Valley, em Orem, cidade do estado do Utah. O principal suspeito é Tyler Robinson, um jovem de 22 anos, detido pelas autoridades por alegadamente ter disparado uma espingarda a partir do telhado de um edifício nas imediações.

De acordo com o The Washington Post, que teve acesso a capturas de ecrã da conversa, Tyler Robinson confessou que tinha morto Charlie Kirk num chat, a 11 de setembro, um dia depois do tiroteio, cerca de duas horas antes de se entregar às autoridades.

Encontra-se atualmente detido, mas não colabora com as autoridades e ainda não terá confessado o crime.

"Fui eu": a confissão de Tyler Robinson

"Tenho más notícias para todos" foi assim que Tyler Robinson começou a mensagem partilhada com outros utilizadores, onde confessou o crime: "Fui eu na UVU [Universidade do Vale de Utah] ontem. Desculpem por tudo isto", escreveu, acrescentando que se preparava para se entregar "por meio de um amigo xerife em alguns instantes".

"Obrigado por todos os bons momentos e risadas, foram incríveis. Obrigado a todos por tudo", finalizou, despedindo-se dos amigos com quem mantinha um grupo privado no Discord, que terá fornecido uma cópia das mensagens às autoridades norte-americanas.

De acordo com o The New York Times, no dia do homicídio, e após a divulgação das imagens do suspeito pelo FBI, Tyler Robinson disse aos amigos na mesma plataforma, em tom de brincadeira, que teria sido um "sósia" seu a matar Charlie Kirk e que estava a tentar incriminá-lo.

Mensagens no Discord ligam Tyler à arma do crime

Na sexta-feira, dois dias depois do crime, Jud Hoffman, vice-presidente do Discord, revelou que houve "comunicações entre o colega de quarto do suspeito e um amigo após o tiroteio, nas quais o colega de quarto relatava o conteúdo de uma nota que o suspeito havia deixado".

As mensagens no Discord, partilhadas pelo colega de quarto com os investigadores, falavam de recuperar uma espingarda deixada num arbusto. A área devia ser vigiada e a arma recolhida com uma toalha. Os investigadores encontraram a espingarda envolvida numa toalha perto do local do tiroteio.

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