Em pleno mês de agosto, não só nas ruas francesas as temperaturas estão elevadas. O primeiro-ministro não esperou pelo fim das férias de verão para vir aquecer a vida parlamentar, o que pode ditar a queda do Governo centrista, aliado do presidente liberal, Emmanuel Macron.
François Bayrou está nas mãos da esquerda e da extrema-direita, e as oposições foram claras. Mas Bayrou parece preferir deixar de ser primeiro-ministro do que deixar cair o orçamento com austeridade superior a 40 mil milhões de euros para o próximo ano.
É que, além da tensão parlamentar, as ruas também podem ficar agitadas. As propostas do Executivo para congelar pensões ou eliminar dois feriados nacionais são altamente impopulares. Nas redes sociais, circulam apelos para bloquear França em protesto a partir do dia 10 de setembro.
O Governo, que teme violência, terá querido antecipar-se às manifestações e agora ou será legitimado pelo Parlamento ou dirá "au revoir".