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"Trump tenta pressionar a paz pela força económica de sanções" à Rússia

O analista político Francisco Cordeiro Araújo duvida que seja por via das sanções económicas à Rússia que "altera grande parte do status quo do conflito".

SIC Notícias

O enviado norte-americano Steve Witkoff chegou, esta quarta-feira, a Moscovo para se reunir com a liderança russa, poucos dias antes do fim do prazo dado pelo Presidente norte-americano para que a Rússia cesse a ofensiva na Ucrânia. O analista político Francisco Cordeiro Araújo duvida que seja por via das sanções que altera grande parte do status quo do conflito.

A questão de Witkoff levanta muitas expetativas, tendo em conta também as sanções que Trump ameaça aplicar à Rússia, mas que indicações leva Witkoff, do presidente norte-americano, para que Putin mude de ideias e para que se possa alcançar aqui um acordo

"Acho que há aqui uma tentativa de Donald Trump, representado por Witkoff, de tentar pressionar a paz e uma paz, se calhar agora mais pela força, uma força mais económica de sanções, sanções sobretudo a visar a frota fantasma de embarcações russas que continuam fazer um grande negócio com energias petrolíferas e que têm sido sancionadas também pela União Europeia, pelo Reino Unido e já tinham sido sancionadas também por Joe Biden".

Há uma tentativa da administração de Trump de alcançar a paz através de acordos, "uma aprendizagem que Trump levou vários meses até perceber", mas que o analista político não acredita "que se vá traduzir agora num grande acelerar da perspetiva russa, que mantém os seus objetivos de guerra e a percussão por via militar, nomeadamente consolidação de territórios na parte leste da Ucrânia".

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