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Acidente aéreo na Índia: "Houve uma grande quebra de potência nos dois motores, não foi só num"

Luís Coimbra, ex-presidente da NAV e engenheiro aeronáutico, explica que "o avião perdeu potência, estava estável porque as próprias asas não se balancearam". Para o especialista, trata-se de uma situação com contornos ainda difíceis de explicar. Contudo, num aspeto o engenheiro aeronáutico não tem dúvidas: "Houve uma grande quebra de potência e nos dois motores, não foi só num".

SIC Notícias

A imprensa indiana avança que não há sobreviventes do acidente desta manhã na Índia. Um Boeing 787-8 da Air India caiu pouco depois de descolar do aeroporto em Ahmedabad. Seguiam 242 pessoas a bordo entre as quais sete com nacionalidade portuguesa. O aparelho que seguia para o aeroporto de Gatwick, em Londres, caiu sobre uma residência habitada por médicos. O piloto do avião declarou emergência antes de cair. Para o especialista Luís Coimbra, este acidente ainda "é um mistério", mas há já alguns detalhes a ter em consideração.

"O avião perdeu potência, não haja a menor dúvida. Que estava estável, porque as próprias asas não se balancearam, também é, pelas imagens, se pode ver que tal não aconteceu. E, portanto, digamos que o avião acabou por fazer uma aterragem estável, obviamente em perda, porque não tinha potência nos motores", explica o engenheiro aeronáutico.

É o primeiro acidente grave com perda total da aeronave na história deste modelo do fabricante norte-americano de aviões.

Na SIC Notícias, o ex-presidente da Navegação Aérea de Portugal (NAV), sublinha: "Duvido que tivesse havido tempo para fazer grandes manobras de pilotagem, porque não há grandes desvios. Ao princípio falou-se que o avião teria derrapado na pista, é indiferente, o avião já está no ar e está com 190 metros de altitude. Portanto, para mim, há aqui uma coisa que está fora de dúvida, é que houve uma grande quebra de potência e nos dois motores, não foi só num".

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