Dezenas de pessoas foram detidas, nas últimas horas em Los Angeles, em confrontos entre manifestantes e a polícia. Com os protestos, contra a política anti-imigração Trump, a multidão começou a dispersar e a situação só acalmou depois da presidente da câmara da cidade ter decretado o estado de emergência e imposto um recolher obrigatório.
"Se não vivem ou trabalham no centro de Los Angeles, evitem a zona. As autoridades policiais vão prender indivíduos que violarem o toque de recolher e serão processados", afirma Karen Bass, presidente da câmara de Los Angeles. Donald Trump insiste na necessidade de continuar a enviar tropas para acabar com os protestos.
“Alguns da esquerda radical dizem: “Isso não é bonito”. Se não o fizéssemos, não haveria Los Angeles. Estaria a arder, tal como as camas estavam a arder há alguns meses. Gerações de heróis do exército não derramaram o seu sangue em praias distantes para verem o nosso país ser destruído por invasões e pela ilegalidade do terceiro mundo, como está a acontecer na Califórnia.Não deixarei que isso aconteça. Isso nunca vai acontecer”, defende Donald Trump.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, diz que Trump está apenas a começar considerando que o presidente dos Estados Unidos está a cometer um abuso “mascarado de poder”.
“Os seus agentes estão a prender empregados de mesa, jardineiros, trabalhadores temporários e costureiras. Isto é apenas fraqueza. Fraqueza disfarçada de força"; destaca o governador.
Os protestos contra a política anti-imigração de Donald Trump, continuam a estender-se a outras cidades dos Estados Unidos.
Em Nova Iorque, na noite passada, mais de 40 pessoas foram detidas, depois de confrontos com a polícia. Também em Chicago, Washington, São Francisco e Filadélfia, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar.
No Texas, o governador republicano, um aliado próximo de Trump, já anunciou a mobilização da Guarda Nacional para travar as manifestações.