Sem resultados para apresentar na mediação dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, Trump deu a entender que um entendimento sobre o programa nuclear iraniano poderia estar para breve.
Nas últimas horas, o chefe da agência de energia atómica do Irão admitiu autorizar o acesso de inspetores norte-americanos às instalações nucleares iranianas, caso Teerão e Washington cheguem a um acordo. No entanto, o enriquecimento de urânio continua a não ser negociável.
“Se retirarem o enriquecimento, significa que retiram a indústria nuclear. Esta é a linha vermelha da República Islâmica do Irão. Isto foi claramente e de forma transparente comunicado à parte negociadora, tanto verbalmente como por escrito”, afirmou o chefe do programa nuclear iraniano, Mohammad Eslami.
Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 durante o seu primeiro mandato, em 2018. Desde que regressou à Casa Branca, tem ameaçado repetidamente lançar ataques contra alvos ligados ao programa nuclear iraniano, caso não seja alcançado um novo acordo. Perante este cenário, a Guarda Revolucionária do Irão afirma estar preparada para qualquer eventualidade.
“Estamos em emboscada e à espera. Se cometerem um erro, receberão imediatamente respostas que os farão esquecer completamente o passado”, garantiu o general Hossein Salami, comandante chefe da Guarda Revolucionária.
Invocando o perigo existencial que a República Islâmica representa para Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também ameaça repetidamente atacar as instalações nucleares iranianas.
Telavive exige que todo o urânio seja removido do Irão e voltou a manifestar o seu descontentamento com o rumo da sexta ronda de negociações.