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Operação 'Fábrica de Espiões': Rússia usou o Brasil como base para formar espiões

Uma reportagem do New York Times revela que a Rússia terá preparado espiões com treinos no Brasil. O correspondente da SIC em São Paulo detalha os acontecimentos e as possíveis implicações desta notícia.

Anthony Wells

A reportagem do The New York Times revela que a Rússia utilizou o Brasil como base para formar agentes secretos de longa duração, conhecidos como "ilegais". Esses agentes receberam identidades brasileiras falsas para operar globalmente com cobertura quase total.

A operação, apelidada de "Fábrica de Espiões", foi descoberta após a invasão da Ucrânia em 2022, quando a cooperação entre agências de inteligência ocidentais aumentou.

Nove agentes russos com identidades brasileiras falsas foram identificados, mas apenas um foi preso. O agente Victor Muller Ferreira, que na verdade era Sergey Cherkasov, foi barrado pela imigração da Holanda e depois extraditado para o Brasil, onde permanece preso.

A Polícia Federal do Brasil conseguiu deter o espião russo após descobrir que a mulher registada como mãe de Victor Muller Ferreira tinha falecido e, segundo a família, nunca tinha tido filhos.

Ainda de acordo com o jornal norte-americano, o Brasil foi escolhido devido à força do seu passaporte, que permite viajar para diversos países sem necessidade de visto.

A investigação já se estendeu a pelo menos oito países e contou com o apoio dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, Israel, Países Baixos, Uruguai, entre outros.

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