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Israel "lamenta incómodo" causado por tiros de advertência contra diplomatas em Jenin

Israel admitiu os disparos contra uma delegação de embaixadores em Jenin, na Cisjordânia, mas garante que foram apenas tiros de aviso e salienta que não foram registados feridos.

Majdi Mohammed/AP

Lusa

Israel admitiu, esta quarta-feira, que foram disparados tiros de aviso após um grupo internacional de mais de 20 diplomatas se ter "desviado da rota aprovada" na visita a Jenin, na Cisjordânia ocupada, e "lamentou o incómodo" causado pelos disparos.

"A delegação desviou-se do itinerário aprovado e entrou numa zona onde não estava autorizada a estar", declarou o exército israelita em comunicado.

O exército israelita "lamenta o incómodo causado" e anunciou que irá dialogar com os diplomatas "em breve".

A WAFA, que cita o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana (AP), partilhou imagens dos ataques, que tiveram como objetivo "intimidar", nas quais se veem pelo menos dois israelitas fardados a disparar na direção de um grupo de pessoas que estava a dar entrevistas.

"Violação flagrante e grave do direito internacional"

Segundo a Autoridade Palestiniana, o grupo de diplomatas que foi alvo de disparos quando visitava Jenin encontrava-se em missão oficial para observar a situação humanitária na cidade da Cisjordânia ocupada por Israel quando se ouviram tiros.

O jornal The Times of Israel confirmou que não existem feridos.

Num comunicado de imprensa, o ministério palestiniano condenou "com a maior veemência possível o crime odioso cometido pelas forças de ocupação israelitas" em "visita de estudo à província de Jenin", que constitui "uma violação flagrante e grave do direito internacional".

O incidente ocorre num contexto de aumento da pressão internacional sobre Israel devido à condução da guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza, em que muitos países denunciam a intensificação e a expansão da campanha militar e o sofrimento dos civis, a quem falta tudo.

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