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Cruz Vermelha portuguesa apela a donativos para Myanmar

O coordenador Nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa diz que a prioridade é fazer chegar água e comida à população de Myanmar afetada pelo sismo.

SIC Notícias

Lusa

O sismo de sexta-feira de magnitude 7,7 provocou mais de 1.600 mortos e 3.400 feridos em Myanmar. A Cruz Vermelha está no terreno e apela à ajuda, pede apoio superior a 100 milhões de dólares

Uma réplica do sismo com magnitude 5,1 na escala de Richter voltou a abalar hoje Mandalay, no centro de Myanmar, segundo informação do Serviço geológico dos Estados Unidos.

Este sismo, com epicentro a 28 quilómetros a noroeste da cidade de Mandalay e um hipocentro a uma profundidade de 10 quilómetros, teve uma magnitude de 5.1 na escala de Richter, um abalo consideravelmente inferior ao de sexta-feira.

Ainda não há informação de danos decorrentes deste novo sismo.

O terramoto de magnitude 7,7 na escala de Richter, que aconteceu na sexta-feira, desencadeou uma série de réplicas desde então, a mais forte, de magnitude 6,7 na escala de Richter, ocorreu minutos após o primeiro terramoto.

Apelo de 100 milhões de dólares

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) apelou hoje à angariação urgente de mais de 100 milhões de dólares (92,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas do sismo em Myanmar.

"Para reforçar o nosso apoio, a FICV está a lançar um apelo de emergência para angariar 100 milhões de francos suíços (115 milhões de dólares) para ajudar 100.000 pessoas (20.000 agregados familiares)", explicou a maior rede humanitária do mundo.

Com o aumento das temperaturas e a chegada da estação das monções dentro de algumas semanas, as comunidades afetadas devem ser estabilizadas com urgência "antes que surjam crises de emergência secundárias", insistiu a FICV.

"Não se trata apenas de uma catástrofe, mas de uma crise humanitária complexa, que se vem juntar às vulnerabilidades existentes", afirmou Alexander Matheou, diretor regional da organização para a Ásia-Pacífico.

"A Birmânia [Myanmar] continua a enfrentar deslocações internas e insegurança alimentar. Este terramoto agrava uma situação já de si frágil. A comunidade mundial deve intervir para dar uma resposta corajosa e sustentável", acrescentou a FICV.

A Sociedade da Cruz Vermelha da Birmânia mobilizou voluntários formados para as operações de busca e salvamento, refere o comunicado.

Prestaram primeiros socorros, cuidados pré-hospitalares, distribuíram artigos de emergência, tais como cobertores, lonas e 'kits' de higiene, e enviaram equipas móveis de saúde.

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