Mais de 24 horas depois do sismo, a televisão estatal de Myanmar divulgou as imagens do resgate de uma mulher idosa. Não identificada, a sobrevivente foi encontrada sob os escombros de um dos prédios que ruíram em Mandalay.
Na segunda maior cidade da antiga Birmânia, a 20 quilómetros do epicentro, esta foi já a segunda noite de trabalho intenso para encontrar outros sobreviventes.
Sem meios técnicos nem equipas especializadas, é com as mãos e com ferramentas simples que se procuram sinais de vida num cenário de destruição onde permanecem desaparecidas milhares de pessoas.
Junta militar autoriza ajuda externa
Num raro sinal de abertura ao exterior, a junta militar autorizou a entrada de ajuda estrangeira. Os generais que governam com mão de ferro deixaram-se filmar em Mandalay e também na capital Napydaw, no meio da destruição e das operações de socorro.
Foram os monges que andam nas ruas em busca de esmolas que registaram e divulgaram os momentos do sismo de magnitude 7.7 que devastou vastas áreas de Myanmar.
Num país em guerra, mais estradas cortadas e pontes danificadas, agravam a situação humanitária, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU).
Na vizinha Tailândia, a situação está oficialmente dada como controlada. E as atenções maiores estão nos escombros deste arranha-céus em construção que ruiu sexta-feira. Dezenas de operários estão desaparecidos. Desesperam os familiares e amigos que assistem à operação de socorro contrarrelógio.
Mulher dá à luz durante o abalo
Em Bangkok, o sismo surpreendeu uma mulher em trabalho de parto. A filha nasceu à porta do hospital durante a retirada dos pacientes.
A mãe e pai recusaram já dar à criança um nome relacionado com o sismo. Enquanto não decidem, a bebé ganhou a alcunha de 'ratinha'.