Em apenas quatro dias, a polícia turca deteve mais de mil e 100 pessoas. Entre os que estão agora na cadeia, há, pelo menos, 10 jornalistas, detidos nas últimas horas.
A oposição, e vários grupos de defesa dos direitos humanos, acusam o governo de Recep Erdogan de estar a querer travar, pela força, a contestação que está a levar milhares de turcos às ruas das principais cidades do país.
Mas, para piorar ainda mais a situação, de crescente tensão, as autoridades anunciaram esta segunda-feira que estão proibidos todos os ajuntamentos em Istambul, Ancara e Esmirna, as maiores cidades da Turquia.
Os opositores garantem que não vão parar e que vai haver uma marcha a cada dia. Até que o governo ceda, e liberte Ekrem Imamoglu, o presidente da câmara de Istambul, detido no domingo, e preso numa cadeia de alta segurança.
Imamoglu foi apontado esta segunda-feira como o candidato oficial do Partido Republicano do Povo, às presidenciais de 2028. Ou seja, confirma-se que será o principal opositor de Erdogan na luta pelo poder.
Está em prisão preventiva, acusado de corrupção. Acusações que nega e que diz, foram forjadas pelo executivo para o impedir de se candidatar à liderança da Turquia.