A prometida "oposição firme" da China ao agravamento das taxas aduaneiras dos Estados Unidos às importações de produtos chineses começou a ser aplicada esta segunda-feira. A China passou a aplicar tarifas de até 15% sobre alguns produtos agrícolas norte-americanos. Donald Trump afirma que está tudo sob controlo.
Produtos como soja, carne bovina, frango, trigo e milho vendidos pelos Estados Unidos para a China passaram a ser taxados até 15%, desde esta segunda-feira. No entanto, Donald Trump insiste na narrativa de que "está tudo controlado e tudo vai ficar melhor".
Pequim suspendeu as importações de soja de três empresas norte-americanas e de madeira dos Estados Unidos. O governo chinês também bloqueou a possibilidade de 15 empresas dos Estados Unidos comprarem produtos chineses, como drones para o exército norte-americano. Além disso, outras 10 empresas norte-americanas estão proibidas de negociar na China.
Tudo isto aconteceu depois de Trump ter decidido aumentar as tarifas, primeiro em 10% e depois em 20%, sobre quase todos os produtos vindos da China. No entanto, isso não impede o presidente norte-americano de celebrar a política de novas tarifas.
Bolsa de Nova Iorque com forte queda
Pelo menos, esta segunda-feira, a abertura da bolsa de Nova Iorque indicou o contrário do que diz Trump: a bolsa abriu em forte queda, com o índice Dow Jones a descer 0,99% e o Nasdaq a cair 3,13%.
Na onda de impacto de Trump na presidência, chega agora a informação da detenção, no sábado, de Mahmoud Khalil. O argelino de ascendência palestiniana falava em abril do ano passado, durante os protestos na Universidade de Columbia, contra a guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza.
O ativista pró-Palestina foi detido na residência universitária, em Nova Iorque, pelos Agentes do Serviço de Imigração e Alfândega, que ameaçaram prender a mulher de Mahmoud Khalil, grávida de oito meses.
Depois da detenção, Trump escreveu numa rede social que esta é a primeira de muitas e prometeu deportar aqueles a quem chama de simpatizantes de terroristas, antissemitas e anti-americanos.
Mahmoud Khalil tem Cartão de Residente Permanente Legal, o chamado Green Card. No entanto, a advogada do ativista foi informada de que as autoridades vão tentar revogar esse visto e cancelar o de estudante.
O que Trump mandou também retirar foi a frase "Black Lives Matter" (As Vidas Negras Importam), que foi escrita, em 2020, durante os protestos na sequência da morte de George Floyd.
A frase estava numa rua que leva à Casa Branca, em Washington D.C. Porém, a presidente da câmara cedeu à pressão do presidente do país e a destruição das letras já começou.