Donald Trump quer deixar claro, ao mundo inteiro, que qualquer decisão política ou diplomática que não lhe agrade, terá uma resposta imediata, com consequências económicas. É o poder do dólar, a impôr-se ao resto do planeta.
Quando a Colombia tentou protestar contra o repatriamento de migrantes, foi ameaçada com a subida de tarifas sobre as exportações para os Estados Unidos. E agora, é a vez dos vizinhos Canadá e México.
A partir deste sábado, à excepção do petróleo canadiano, de que Washington precisa, todos os outros produtos serão taxados a 25%. Aparentemente, os argumentos usados para justificar estas subidas, nada têm a ver com questões comerciais. O Canadá e o México já prometeram retaliar.
A China também não vai escapar a 10% de carga nas exportações para a América. A União Europeia, ainda não sabe. Mas Trump vai avisando que é possível que aconteça porque, diz o presidente, os europeus não têm tratado bem os Estados Unidos.
A nível interno, a imprensa norte-americana diz que dezenas de agentes do FBI, e procuradores, que estiveram envolvidos em investigações relacionadas com Donald Trump, podem vir a ser despedidos em breve, a exemplo de outros que já foram dispensados, depois da tomada de posse. Em risco estão, também, centenas de outros funcionários públicos que Trump considera dispensáveis.
Na luta contra a imprensa que lhe faz frente, a administração Trump também decidiu retirar os escritórios permanentes, no Pentágono, a quatro jornais, rádios e televisões. Entre eles estão o New York Times e um canal da NBC News. Podem continuar a assistir às conferências de imprensa mas deixam de ter uma sala no edifício. É uma decisão sem precedentes. O argumento da Casa Branca é que querem dar lugar a outros órgãos de informação.