Promessa feita, promessa cumprida. Já está em marcha aquela que pretende ser a maior deportação massiva da história dos Estados Unidos da América. Vão chegando às dezenas a Ciudad de Juarez, no México.
"Há muitos agentes da autoridades, toda a gente está a ser apanhada. Não recomendo a travessia, porque há muito controlo", diz Sebastian, migrante mexicano.
A Casa Branca anunciou que os EUA detiveram 538 imigrantes clandestinos e deportaram centenas de pessoas, numa mega operação impulsionada também por uma nova diretiva que dá a vários agentes a autoridade para investigar e deter estrangeiros ilegais
Teme-se aumento da criminalidade
No México, crescem os receios sobre a forma como estas deportações poderão favorecer o tráfico de migrantes, de armas e droga.
“Estamos aqui em solidariedade com eles, sabendo que, infelizmente, eles estão a chegar a um território onde o crime organizado faz das suas e onde, infelizmente, procura recrutar migrantes”, afirma o diretor da Angels Peace Collective, Carlos Mayorga.
Do outro lado da fronteira com a Califórnia, a cidade mexicana de Tijuana recebe cerca de 40% de todos os deportados dos Estados Unidos.
Nas ruas de outras cidades fronteiriças também se acumulam incertezas de quem tão perto de chegar ao destino perdeu a viagem.
Trump vê cair ordem sobre cidadania
A polémica ordem executiva de Trump que negava a cidadania norte-americana aos filhos de imigrantes ilegais foi bloqueada por um juiz federal, que a considera inconstitucional.
Mas este bloqueio é apenas temporário. Nos próximos 14 dias, deverão ser apresentados argumentos contra e a favor da proposta do Presidente. Só depois o juiz decidirá se trava ou não a lei a longo prazo.