O primeiro-ministro de Israel falou este domingo ao telefone com o Presidente dos Estados Unidos sobre as negociações para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos restantes reféns israelitas detidos no enclave palestiniano.
As negociações estão "basicamente concluídas. Creio que o único aspeto que faltará lidar é a questão da terminologia e do que se vai entender por paragem do conflito", explicou Ricardo Alexandre. Enquanto Israel defende que se trate de um cessar-fogo, o Hamas exige o fim total do conflito e a retirada completa das tropas israelitas da região.
"Isso não deve acontecer, mas provavelmente vamos ficar numa situação de meio termo, com uma redução substancial da presença das forças israelitas e um cessar-fogo que vai sendo renovado periodicamente".
Os mediadores do Egito, Qatar e Estados Unidos estão a trabalhar para encontrar este equilíbrio. A delegação israelita enviada a Doha, composta por figuras como David Barnea, chefe da Mossad, e Nitzan Alon, general responsável pela ligação com as famílias dos reféns, reflete a importância do momento.
"As famílias dos reféns estão representadas, o que aumenta a capacidade de alcançar um acordo que tenha como foco a libertação dos reféns".
Sérvia oferece-se para receber encontro Trump-Putin
A guerra na Ucrânia prejudica a Sérvia, que "está entre a espada e a parede".
"O governo de Aleksandar Vucic, o Presidente sérvio, que é quem manda no país, procura fazer uma espécie de trapézio entre manter uma ligação que é histórica e cultural, com a Rússia de Vladimir Putin, mas por outro lado procura não prejudicar as relações com os Estados Unidos e sobretudo com a União Europeia. O desejo da Sérvia continua a ser entrar para a União Europeia".
Com a dependência energética russa e a ausência de alternativas, como a prometida exportação de gás pelo Azerbaijão, Vucic tenta usar a possibilidade de uma cimeira Trump-Putin como uma oportunidade para obter vantagens diplomáticas e económicas para o seu país.