Como David contra Golias mais de sete mil bombeiros combatem há quase uma semana o inferno que se voltou a abater sobre a segunda maior cidade dos Estados Unidos.
As zonas de difícil acesso estão a ser cobertas por um manto rosa. O químico evita a propagação das chamas e permite aos pilotos saber as áreas que já foram protegidas. Seja por ar ou por terra, o vai e vem de meios e equipas é constante, mas para muitas famílias a ajuda chegou demasiado tarde.
Nos rostos está espelhado o choque e a impotência. nos olhos a angústia e o desespero. A maior parte das vitimas mortais perdeu a vida no fogo de Eaton, no norte de Los Angeles, mas é na zona oeste que lavra o maior incêndio.
Chamas obrigam à evacuação de Brentwood, um dos bairros mais ricos da região
As chamas estão a ganhar terreno emPacific Palisades e já ameaçam o bairro rico de Brentwood, onde figuras como Kamala Harris têm casa. A situação é critica e a ordem é para fugir. Dos vizinhos Canadá e México chegaram reforços que darão uma ajuda preciosa aos colegas norte-americanos que estão há dias sem descanso.
Entre avanços e recuos quem está na linha da frente sabe que a batalha está longe do fim. Os ventos e um período excecional de seca ajudam a explicar o que está acontecer, mas as autoridades não descartam outras causas e já abriram uma investigação.
Seguradoras podem não indemnizar quem perdeu tudo
O país politicamente dividido está aqui unido por uma causa. De mão em mão partilham-se roupa e bens essenciais e procura-se ainda ajudar outras vítimas. A tragédia, que Joe Biden já classificou como desastre, está ainda mobilizar figuras públicas e a captar a atenção global.
Além dos fogos, a cidade debate-se com outros desafios. Há casas e lojas a ser saqueadas e muitos dos que perderam tudo não terão agora qualquer proteção das seguradoras. A maior parte dos edifícios não estava coberta contra fenómenos extremos como este.