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Zuckerberg termina com verificação de factos: “Está na hora de voltarmos à nossa origem"

A META, empresa a que pertence o Facebook, Instagram e Whatsapp, vai deixar de fazer verificação de factos nas redes sociais. Em vigor desde 2016, o programa de verificação tinha sido implementado para combater notícias falsas e desinformação.

SIC Notícias

“Está na hora de voltarmos à nossa origem com liberdade de expressão no Facebook e no Instagram”. Foi desta forma que Mark Zuckerberg, CEO da META, anunciou, através das redes sociais, o fim da verificação de factos.O programa estava em vigor há nove anos e era feito por entidades independentes e através de cruzamento de fontes e de informação fidedigna.

Mas Mark Zuckerberg decidiu agora seguir a mesma política de Elon Musk, dono do X, e diz que a ideia é retomar as raízes da liberdade de expressão.

“Comecei a criar redes sociais para dar voz às pessoas. Mas muitas coisas aconteceram nos últimos anos. Tem havido um debate alargado sobre os potenciais malefícios dos conteúdos online. Os governos e os meios de comunicação tradicionais pressionaram para uma censura cada vez maior e muitas destas ações são claramente políticas”, explica Zuckerberg.

“Mas há também muitos conteúdos realmente nocivos: drogas, terrotismo, exploração infantil. Levamos estas coisas muito a sério e quero garantir que as tratamos de forma responsável”, acrescenta.

Meta vai usar notas comunitárias semelhantes às da rede social X

As notas da comunidade apareceram pela primeira vez em janeiro de 2021 como um projeto-piloto do Twitter conhecido como Birdwatch para monitorizar conteúdos, com base na comunidade de utilizadores. A ideia era que as pessoas pudessem identificar informações em tweets que considerassem enganosas e escrever notas que fornecessem informações para avaliar melhor o conteúdo da publicação.

Esta iniciativa foi lançada globalmente no Twitter em dezembro de 2022, sob o nome de notas da comunidade, e mantendo a essência do piloto: manter os utilizadores mais bem informados e adicionar, de forma colaborativa, contexto a 'tweets' potencialmente enganadores. No entanto, a nota não pode ser acrescentada por qualquer utilizador, mas apenas por aqueles que estão registados no programa e que foram validados pela empresa.

Estes utilizadores tornam-se então colaboradores e podem contribuir com as suas correções, notas ou ligações a outras publicações. Além disso, só são exibidas publicamente se um número suficiente de colaboradores com pontos de vista diferentes as classificar como úteis.

A Meta, empresa detida por Mark Zuckerberg, decidiu utilizar as notas da comunidade, depois de constatar que "esta abordagem funciona no X, onde a comunidade decide quando as mensagens são potencialmente enganadoras e precisam de mais contexto".

As notas da comunidade serão lançadas nos próximos meses nos EUA nas redes sociais Facebook, Instagram e Threads.

Com Lusa

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